quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Deuses da morte



Deuses da morte
Provem que eu sou forte
Na agonia do minuto final

No reino do pós morte
Levarei todos n’um consorte
Esperarei o juízo final.

Com um tiro de revolver
Que acerta-me como um golpe
Estou no chão à agonizar.

Deusa Kali, perdoe  meus pecados
Provarei que não serei fraco
Obviamente não vou chorar.

Enquanto escrevo está estrofe
Minha mente entra em choque
Estou em prantos à agonizar.

Minha carta de despedida
Sobre o fim da minha vida

N’um reino puro irei entrar.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Foda-se! Seges o demônio!





Foda-se! Seges o demônio!
Já que nada sai de acordo com teus planos.

Espiritual ou mundano?
Tu achas que és um santo?

O que tem ganhado com isso?
Um convite para o suicídio!

Foda-se! Seges o demônio!
Não seguistes a risca o mandamento islâmico.

Sentimento profano
Muitas são as perdas e pouco são os ganhos.

Oras, já és o demônio!
Recusaste-te a prostraste diante do trono!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Ideias


Alma etérea que sofres na dor
Crente de joelhos na metafísica da lei mística
Kurt Cobain e Van Gogh só pregaram o amor
Mesmo assim, tornaram-se uns reles suicidas.

Descobri o segredo da Alquimia
Tenho tudo o que você quer ter nesta vida
Oh, pobre mancebo de um coração mortal.

Celebro os deuses da vida
Apesar de ser sofrida
Tudo acabará bem no final.

A paz e a felicidade estão dentro do meu ser
Testemunho vivo de um milagre de Cristo
Só quero ser lembrado quando morrer
Que por todos os seres ofereço sacrifício.

O amor da nobre donzela
Pintada n’um quadro de aquarela
Nu e pura como veio ao mundo.

A existência é tão complexa
As vezes mergulho em treva
O ímpio que mata com prazer o seu próximo

As crianças morrendo de fome fumando crack
Infelizmente o que resta é um triste velório
Realmente esse é um lamentável baque.

Sociedade, sociedade...
Que menosprezam suas deidades
O capitalismo é um tumor maligno.

Os cristãos não ajudam as entidades beneficentes
Julgam como um ímpio o meu humilde caráter demente
Desapontam a Deus, o sagrado, o supremo divino!

A hipocrisia dos hereges desse planeta
Cairá no frio sem piedade ao corte da espada
Macário fez amizade com o capeta
Satã triunfa sobre o reino da sociedade.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A meia-noite



A estrela escarlate rasga o céu da meia noite
N’um dia de outono sentindo uma suave brisa
Estou deitado na grama observando a lua
Devaneios sobre a existência distorcida
Área etérea inunda todo o meu ser
É a Via Láctea
Bilhões e bilhões de galáxias como a de Andrômeda
Sou um ponto finito nesse imenso universo
Penso em suaves versos

Sou um pontinho do tamanho das dimensões.

Teorias psicológicas (2° esboço)




Aqui sozinho no frio da cidade
Observo as ruas pensando nos meus entraves
Será que há uma solução?
O mendigo emocional não está seguro.

A fala comigo mesmo no processo de internalização
Através dos signos dou processo à imaginação
Teoria proposta por Vygotsky
Meu processo de desenvolvimento ocorreu no escuro.

Nas fases psicossexuais tive problemas na fase oral
Fumo compulsivamente até passar mal
As vezes um charuto é apenas um charuto
Pelo amor de Deus Freud, agora estou confuso.

Na minha infância recusei o seio bom
Agora mijo de pirraça no edredom
A violência do mundo tornou-me agressivo
Tenho alucinações com um estranho vulto.

A neurose-obsessiva como no Homem dos Ratos
Sinto que terei um destino mais trágico
Tenho várias tentativas de suicídio como Schereber
Pela sua irmã e seu pai estou de luto.

Um estímulo antecedente elicia-me respostas de ansiedade
Em um reforço positivo está a melhora, a chave
O controle coercitivo só far-me-ia cair em culpa e depressão
Um simples sorriso terapêutico faria-me sair de meu casulo.

Com as muitas pessoas com as quais convivi, estabeleci alguns processos proximais
Na díade observacional raciocino a existência de seres humanos normais
Como eu queria ser assim... deixar de ser um extraterrestre
Culpo-me por meu comportamento doentio por influenciar no aprendizado conjunto.

Maslow estava errado, eu não procurei a saúde
A sociedade transformou-me n’um drogado tocando alaúde
Eu juro que tentei realizar a minha natureza humana!
Em sua hierarquia de necessidades o jeito é descarregar chumbo.

Tentei todas as abordagens psicológicas
Farei um movimento baseado na lógica
Colocarei uma arma na cabeça e puxarei o gatilho
Terei a almejada paz tornando-me um defunto.


sábado, 26 de novembro de 2016

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

As drogas perderam o efeito



Valium perdeu a graça
O álcool já não embriaga
Graças ao antietanol

A maconha já não chapa
Não tem cocaína parça
Siga o efeito do Aldol

O cigarro virou fumaça
O crack é para gente devassa
Chupo uma pastilha mentol.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

''O cão e a raposa''' ( paródia )

'''O cão e a raposa'''

O cão e a raposa, conta a história de Dodó, um raposo e rex um lobo selvagem. Eles criam uma amizade (inimizade) homo afetiva. Temos várias cenas pornográficas no filme, mostrando o coito de nossos amiguinhos. Há muita podolatria, fetishismo, sadomasoquismo, escatofilia, necrofilia no filme. A ejaculação no rosto se faz muito presente.

'''História'''

A mãe de Dodó comete suicídio logo após descobrir um chifre do marido. Dodó entra em depressão e fica viciado em heroína. Ele é adotado pela vovó Mafalda que lhe dá (surras) carinho e amor. Ele fica amigo de Rex na infância e começam aí a ter uma uma relação homossexual. Vovó Mafalda (abandona) é obrigada a se se desfazer de Dodó por causa do dono do Rex. Rex vira um (viado) caçador e volta de uma sessão de caça com várias (drogas ilegais inclusive crack) pele de animais. Ele volta com o desejo de matar Dodó., porém antes ele dá uma disrfaçadinha manipulando Dodó a repetirem as aventuras sexuais na infância. O filme acaba com os dois tendo uma overdose de heroína.


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Crescimento espiritual Espiritual

https://www.facebook.com/groups/526701417519088/?ref=aymt_homepage_panel

Grupo sobre os mais diversos livros religiosos, além de vídeos, mensagens, etc.. sobre o tema.

Lá tem ensinamentos da bíblia, alcorão, parábolas cristãs e budistas, O livro dos espiritos, Bhagavata ( hindu).

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

A garota suicida



O sangue que escorre dos meus braços
É sinal de uma vida inteira de fracasso
O que lhe direi é profundo e não dinâmico.

Preste atenção caro leitor,
Pois ouvirás o som  mais profundo de meu interior
Mistura amarga de sangue com prantos.

O que é uma labareda a mais para quem está no inferno?
Encontro alívio ao escrever estes últimos versos
A garota apática e seu jeito estranho.

Como tudo era mais fácil na infância
Enquanto cuidava de minhas belas tranças
E agradecia pelo sol nascente ao Senhor do Evangelho.

Cá estou eu agora
A garota que deplora
Por um suicídio analgésico.

Pálida ensanguentada
Desejo que tua próxima morada
Sege num celestial castelo.


Um grito de lamentação




Gritas incessantemente, eu existo!
Sacie-me!
Chega de camuflagens..
Pois vá direto ao néctar santo do sexo, ser impuro!
Mas como posso eu, pobre mortal, realizar tamanha façanha?
Logo eu que até já beijei os pés da Virgem Maria num templo escuro.
Eu, pobre parafílico
Sei que nada me ajudara
Nada com teor etílico
Então trates de arrumar um jeito!
Use teus truques, oh manipulador!
Faças esta cabecinha maquiavélica funcionar
Não há como... eu simplesmente não consigo
Por que tenho isto meu Deus?
Por que me torturas, oh Criador?
Então te devorarei para o resto da vida!
Bem vindo ao inferno, confuso mental!

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Ao meu Deus



Esta dor que transborda em meu peito
Fruto de palavras envenenadas de escárnio
Da sociedade eu fui o estúpido sujeito
Ao som de zombarias condenado ao fracasso.

“Os humilhados serão exaltados”
Conforme as palavras de Jesus
Já não existe mais nenhum escravo
Os meus pecados já morreram na cruz.

“Pai, por que me abandonaste?”
Suplicou o Filho do Homem
“Afasta de mim este cálice”
Porém, caminharei para minha morte.

Quanta dor aguenta um coração mortal?
O demônio quer ver-me cometendo suicídio
Aguentarei este pesadelo até o final?
Ou serei abençoado pelo sangue de Cristo?

O mundo está cheio de sofrimento
O inferno é só um estado de espírito
Caminharei eternamente contra o vento

Minha alma encontrará a entrada no paraíso.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O lado negro da humanidade


O lado negro da força
Já levou vários para a forca
Neste mundo doentio.

O mais covarde homicídio
Ou o mais triste suicídio
A raiva grita forte no covil.

A criança tortuosamente abusada
O culpado diz que foi ela a safada
Coma suas tripas por este ato vil.

O mórbido homem que arromba túmulos
Para roubar cadáveres e trepar com defuntos
Excita-se com o odor, descartando o Plasil.

Os adolescentes cortam-se com uma navalha
Por não terem um amigo para ir para a farra
A cura encontra-se numa amizade juvenil.

Em meu prato delicio-me com carne humana
Com uma receita da web que achei esta semana
Coloquei o resto em salgados e distribui pelo Brasil.

O jovem não aguentou mais o bullying na escola
Ninguém desconfia o que ele traz na sacola
“ Morram filhos da puta com um tio de fuzil!”

O homem bomba matará em nome de Alá
Estará no paraíso quando isso acabar
No metro lotado de gente ascende o pavio.

Satã sorri majestoso
Sua arte inspira o povo
A solução está em tomar Rivotril.

sábado, 29 de outubro de 2016

Ensinamentos da vida



A paz que brota em meu peito
Depois de anos de sofrimento
Vi que tudo é passageiro
Olho para a vida com um olhar sereno.

A existência é uma experiência complexa
Deixamo-nos levar pelos cinco sentidos
Queremos saber quem atirou a flecha
E não o veneno que estamos consumindo.

Para que tanto ódio?
Para que tanto ressentimento?
Desses sentimentos assinem o divorcio
Contemplem o nada com um olhar atento.

Não importa o que aconteça serei feliz
Este é o ensinamento dos sábios
Nesta vida sou um eterno aprendiz
Saberei lidar com o êxito e o fracasso.

O sol brilha para todos os seres
É totalmente de graça e vital
Os grandes mestres e os seus dizeres
Fazem aumentar meu lado espiritual.

O sorriso inocente das crianças
Mostra a pureza do homem
Meu coração transborda de esperança
Ao ver estes seres de olhar precoce.

Maslow diz que o ser humano busca sempre a saúde
Não gostamos de sofrer e buscamos a felicidade
Porém nesta estrada da vida ninguém está imune
De sofrer enxovalhos diante de uma forte tempestade.

Temos que aprender a lidar com o prazer e a dor
Nada está perdido e realmente nunca é tarde
A felicidade está em coisas simples, como por exemplo, numa flor
Mostrando toda a pureza de ser bela, tranquila e suave.


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

O olhar do Campo



O sol irradia sua luz como o Buddha dourado
As belas orquídeas atraem algumas abelhas
No velho rio ouço o cochar dos sapos
O pastor com seu cajado pastoreia as ovelhas.

O sábia canta uma sinfonia clássica
Nas águas do rio os meninos banham-se nus
O beija-flor saboreia o néctar das flores batendo suas asas
O velho carroceiro fazendo uma prece a Jesus.

Como é linda ó moça do campo!
Desfila com uma rosa em sua orelha
Perco-me em seus olhos castanhos
Face morena que faz pulsar minhas veias.

O trabalho penoso do trabalhador rural
Observo o suor pingando de sua testa
Com a enxado em meio ao matagal
Como é dura a vida na floresta.

Impressiono-me com o tamanho dos ipês
As folhas caindo rente ao chão
Quero ser enterrado aqui quando morrer
Ao meu Deus faço minha oração.

Contemplo o voo de uma linda borboleta
Minha alma está serena e segura
A vida é de uma impressionante beleza
É suave, passageira e de uma extrema doçura.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Self



Por que eu sou eu?
Por que não sou minha mãe ou meu pai?
Que estranho!
Por que enxergo com estes olhos?
Tateio com este tato, cheiro com esse nariz e ouço com estes ouvidos?
Minha consciência ainda não consegue entender...
Alguém por favor poderia me explicar?
Não há ninguém no mundo como eu?
Sou único nesta Terra?
Alguém tem a resposta?
Consciência...
Que loucura!
Devaneio maldito!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Existência



O que será a existência?
Felicidade ou uma triste sentença?
Isto é bem subjetivo.
Ter saúde ou ter doença
Tudo vale de experiência
Para alcançar-se um objetivo.
Na sanidade ou na demência
Continuarei escrevendo poemas
Como uma forma de alívio.
Quando vierem as tormentas
Mostrarei uma forte resistência
Para escapar do perigo.
Montarei um esquema
Para obter felicidade plena
Precisarei de alguns subsídios.
Enquanto escrevo com minha pena
Contemplo esta noite serena
Soltando um suave suspiro.

domingo, 9 de outubro de 2016

Renascimento


Tal como a fênix que renasce das cinzas
Tal como o batismo de João Batista que apaga os pecados
Tal como o mantra de 100 sílabas de Vajrasattva
Desperto dentre os mortos, ressuscitado por Cristo
Ungido como Davi
Lavo-me nas águas do espírito
"Não vim para os santos, vim para os pecadores",
Dissestes o Filho do Homem que andava com prostitutas, doentes e famintos.
"Tudo é um meio para praticar o caminho"
Eis mais uma experiência
da minha sina, da minha doença
Farei disto uma ferramenta de evolução.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Outono

Inebriado pelo ócio
Melancolia que permeia
O limite de nossos corpos
Em uma "brisa"passageira.

O ser auto-destrutivo
Palida face de outono
O lento suicídio
E a sensação de abandono.

Virgem que nunca conheceu
Pela Terra anda à esmo
Busca ajuda do seu Deus
Do demônio é o eleito.

Paralisado ao cair das folhas
Sente-se por um instânte o paraíso
O destino de sua escolha
Será sempre o suplício.

Noite, devassa noite
O mensageiro de Satã
A morte virá com sua foice
Na incerteza do amanhã.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Onde habito



Vivo em um lugar celestial
Onde o ser-humano é anormal
Vive em harmonia com a vida.

Não existe a inveja
O regozijo é uma coisa certa
Sábios e vagabundos é que fazem a política.

Não existe a raiva
Vivemos em paz em nossas casas
Todos tem uma vida tranquila.

Não existe o orgulho
A simplicidade de um lugar seguro
Temos a humildade há muito esquecida.

Por fim, não existe o medo
Não há razão para pesadelo
O amor preenche nossa estrada florida.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Heroína



Aplico-me um "pico" de heroína
Caiu para traz gemendo de prazer
Esta substância que me contamina
Algum dia fará eu morrer.

N'um beco escuro e fedido
Dissolvo uma dose na colher
Por Jesus Cristo fui ungido
Sinto um prazer de um coito com uma mulher.

As ideias suicidas rondam minha mente
Meu vício compulsivo está estragando minha vida
Satã sorri com seu tridente
Fazendo juz há uma vida depressiva

Meu companheiro não me deixa morrer de overdose
Segura minha lígua para eu não me sufocar
Passado algum tempo, preciso de mais uma dose
Meu Deus! Quando tudo isto vai acabar?

Vou aplicar o "pico de ouro"
Não aguento mais isto
Ninguém atendeu ao meu pedido de socorro
Despeço-me da vida com um suicídio.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Minha cruz

Estou n'um barco a deriva
Há algo de muito errado em minha vida
Só preciso de um caminho de luz.

Sou um ex-suicida
Existência sofrida
Peço ajuda a Jesus.

Eu quero sair da lama
Vestindo meu pijama
A minha jornada me conduz.

Esgotaram-se as chances,
Porém terei minha revanche
É pesada a minha cruz.

Enquanto há vida, há esperança
Chegar-se-a o dia da grande bonança
Visto um véu sobre o meu capuz.

Tara



Arya Tara sorri complassente
Fazes lembrar que sou um ser sensiente
Sua luz mistura-se com as cores do arco-íris
Escuta a minha dor.

Leva-me para um lugar seguro
Um lugar silencioso, sem barulho
Deposito minha fé em ti
Dissolva na vacuidade todo temor.

Sua luz é tamanha que seus raios iluminam o infinito
Sou apenas um poeta maldito
A depressão fazes presente
Abraça-me com todo o seu amor.

Eu vou conseguir trilhar um caminho de luz
Me sinto igual a Cristo na cruz
"Pai, por que me abandonaste"?
Dou um grito desesperado de clamor.

Tara, por favor, esteja comigo
Livra-me de todo perigo
Ajude-me a encontrar um caminho espiritual
Seja minha fonte de paz e calor.

Velhos fantasmas


Os velhos fanstasmas do passado ecoam na minha mente
Provei do veneno dos anciões, o bote da serpente
Quero a tão amejada paz espititual.

As vezes penso que não sou um ser-humano
Nada sai de acordo com meus planos
Tudo isso para saciar um desejo carnal.


Os poetas malditos fumadores de ópio
Tento levar um sentimento simplório
Quanta dor há n'um coração mortal.

O demônio sempre ataca com suas artimanhas
Sintam neste momento todo o meu drama
Eu estou passando muito mal.

Aos deuses eu peço ajuda
Quero encontrar a minha cura
Consigo fazer um movimento vital.

É Satã com toda sua glória
Que com sua tentação me provoca
Continuarei lutando até o final.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Conversando com um mendigo



Conversando com um mendigo em farrapos
Conto para ele todo o meu caso
Encontro-me n'uma miséria emocional
Não somos afinal tão diferentes.

Estou apaixonado por uma donzela já comprometida
Isto está causando uma confusão em minha vida
Fico o dia inteiro à escrever poemas de amor
Imaginando toda sua face reluzente.

Ele gentilmente pede-me um cigarro
Ascende e com vontade dá um trago
"Beba um gole de minha cachaça"
Bebo e por um instante fico contente.

Depois de mais alguns goles, começo a ter um ataque de choro
"Ela não me quer! Ela está com outro! Por favor socorro!
Ele segura firme a minha mão e diz com seus dentes amarelados
" Hoje ela está com ele, amanhã pode estar com você". "Tudo é impermante"

Coloco uma música em meu celular
Levantamo-nos e começamos a dançar
Para que chorar por amor?
Vamos celebrar com água-ardente!

Acabamos por adormecer abraçados no chão
Por um dia anestesiei meu coração
Sim, eu fiz o correto
Alegrei um coração doente.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Melâncólico menino morto

Melancólico menino morto
Os dizeres de seu desgosto
Jazem no silêncio d'um túmulo.

A depressão assolou sua vida
Seu sonho é se tornar um suicida
Virar um lindo defunto.

Os cortes nos braços que aliviam
Por um momento lhe saciam
N'um ferimento profundo.

O coração amordaçado pela dor
Ao seu Deus evoca um clamor
Para mudar o seu mundo.

Queima-se com um cigarro
Seu destino será trágico
Já não toma banho o imundo.

Chora igual à uma criança
Já foi-se a esperança
De viver um sonho puro.

Temo que sua sentença
De seguir essa falsa crença
Seja n'um lago de fogo escuro.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Da infância à adolescência



Observando as crianças brincando na praça
Lembro-me da minha época de menino
As brincadeiras da infância eram de graça
Os pés descalços jogando bola com um sorriso.

O peão rodado com a linha de um barbante
A pipa empinada no céu cortantando outras
O cuncurso de piroca terminava n'um vexame
As horas em que eu ficava na rua deixavam minha mãe louca.

O sorriso inoscênte
O bolo de chocolate
O filme indescente
O programa do Chaves.

O cigarro escondido
A brincadeira de lutinha
Pego vinho sem ser percebido
O passar do cerol na linha.

Depois veio a adolescência
Tudo começa aos treze
Fumava maconha com frequência
O sentimento de dominar o mundo não me conteve.

O desbravar da mata com os amigos e meu cachorro
O estilingue na cintura para matar passarinhos
Beijar várias pessoas do sexo oposto
Aliviava-me com esses momentos de carinho.

No decorrer da vida veio a depressão
Entorpecia-me com álcool e cocaína
Divertia-me no banheiro com a minha mão
Tinha vontade de envadir a escola e cometer uma chacina.

Ó meu Deus! Estou pensando em me matar
Eram os insights que eu tinha com maconha
Quando tudo isto irá acabar?
O valium em excesso aliviava o meu drama.

Tive muitas crises existênciais
Por que eu sou eu? O que estou fazendo aqui?
Não tinha mais experiências espirituais
Será que sou um fantasma? Será que morri?

Tudo valeu de experiêcia
Nada é por acaso
Consegui curar minha demência
Não me encontro mais neste estado.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Falando sobre a morte



Cruzes e velas para o meu caixão
Lírios perfumados e uma coroa de flores
A minha vida não foi em vão
Tive a descoberta de muitos amores
O perfume doce daquela mulher
A carícia inoscênte de uma donzela
Nada mais importa agora
Uma névoa cinzenta, eu fui embora
O homem mórbido encontrou a paz
Fugiu das garras de Satanás
Satã era um amigo intimo
Conversavamos como dois amigos
A morte é tão misteriosa e mística
Aqui jazo na paz eterna
Nesta vida fui apenas um turista
Agora sou um rélez suicida
Na madrugada encontrava conforto
Eu era um ser noturno
Gostava de vampirismo e satanismo
O tabaco bem fumado era delicioso
O vinho uma benção dos deuses sinistros
A depressão era o meu castigo
A anedonia um presente de grego
Odiava olhar-me no espelho
Ver aquele ser aversivo e esquisito
Nada mais importa agora
Finalmente encontrei a paz
Meu corpo na sepultura jaz
Serei um defunto apodrecendo
Serei um banquete para os vermes,
Mas foi melhor assim
Um reolver apontado para a cabeça
Um choro angustiante e as palavras de adeus
Ó céus! Não aguentava mais a vida
Estava no limite
Do demônio recebi um convite
E o aceitei
Morri e alcansei a libertação.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Ex-suicida



O festejar da vida
De um ex-suicida
Não haverá mais um velório
Estou estabilizado.

Os raios de sol
A beleza d'um girassol
Invoco os deuses do amor
Que merecem ser glorificados.

Antigamente só havia dor
Tristeza, solidão e temor
De um futuro incerto
Eu era um homem solitário.

Hoje tenho amigos em abundância
Meu coração está cheio de esperança
Quanta glória há nesse mundo!
A vida tem um significado.

As cicatrizes em meu braço
Fazem parte do passado
De auto-destruição
Não sou mais um derrotado.

Os pastos verdejantes
Inspiram-me por um instante
Para fazer um poema
De meu ser exaltado.

A alegria de um sorriso
Não tem preço meu amigo
Gargalho como uma criança
Hoje eu sou um palhaço.

Todos os dias sinto gratidão
Procuro manter puro o meu coração
Mantenho o foco no presente
Irei para o céu, eu acho.

Seres depressivos
Ouçam o meu aviso!
O sofrimento não dura para sempre
Com ajuda médica vocês podem curar o seu quadro.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Teorias psicológicas



Aqui sozinho no frio da cidade
Observo as ruas pensando nos meus entraves
Será que há uma solução?
O mendigo emocional não está seguro.

A fala comigo mesmo no processo de internalização
Através dos signos dou processo à imaginação
Teoria proposta por Vygotsky
Meu processo de desenvolvimento ocorreu no escuro.

Nas fases psicossexuais tive problemas na fase oral
Fumo compulsivamente até passar mal
As vezes um charuto é apenas um charuto
Pelo amor de Deus Freud, agora estou confuso.

A neurose-obsessiva como no Homem dos Ratos
Sinto que terei um destino mais trágico
Tenho várias tentativas de suicídio como Schereber
Pela sua irmã e seu pai estou de luto.

Um estímulo antecedente elicia-me respostas de ansiedade
Em um reforço positivo está a melhora, a chave
O controle coercitivo só faria-me cair em culpa e depressão
Um simples sorriso terapêutico faria-me sair de meu casulo.

Nas muitas pessoas com as quais convivi, estabeleci alguns processos proximais
Na díade observacional raciocino a existência de seres humanos normais
Como eu queria ser assim... deixar de ser um extra-terrestre
Culpo-me por meu comportamento doentio influenciar no aprendizado conjunto.

Tentei todas as abordagens psicológicas
Farei um movimento baseado na lógica
Colocarei uma arma na cabeça e puxarei o gatilho
Terei a almejada paz tornando-me um defunto.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

País das maravilhas

O ópio jorra da fonte
Estamos no "Pais das Maravilhas"
A Lebre Louca está dissolvendo heroína na colher
O Chapeleiro Maluco cai de overdose no beco
O Gato de Cheshire está vendendo um bagulho bom
Alice drogada olha para um arco-íris distante
Tudo se transforma em uma névoa esverdeada
Para que escolher a realidade se temos "O País das Maravilhas?"

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dizeres espiriuais



Essa paz duradoura que eu recebi dos deuses
Desabrochando sobre minha mente como o lótus
Uma névoa acinzentada mais prazerosa que o ópio
Minha compaixão estendende-se à todos os seres.

Sentado todos os dias na posição de meditação
Espelho-me nos dizeres de meu mestre e no Buddha
Contemplo um momento de atenção profunda
Começo mais um dia com os dizeres de gratidão.

Brinco com uma criança e com ela eu aprendo
A simplicidade de uma gargalhada gostosa
O prazer de celebrar com alegria uma vitória
A sabedoria de aprender com o sofrimento.

Os animais me ensinam o princípio da equanimidade
A natureza dá-me uma sensação reconfortante
Sei que tudo transforma-se a todo instante
Estou no caminho para a busca da verdade.

O ciclo interminável de renascimento e morte
Somente pode ser quebrado no despertar do sonho
Ajudar os seres neste processo é o meu plano
O dharma será o inigualável transporte.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Perversidade





Raios de ilusão
Lampejos de insanidade
Suicidar-me de perversão
Invocar uma sinistra entidade.

Satã, onde estás?
“Estou a devorar almas alheias”
Demônios invadem o meu lar
Meu ser eternamente titubeia.

O ser-humano é um ser complexo
Encontro-me ainda na fase fálica
Acabo de concretizar o complexo de Édipo
O poeta maldito tendo uma vida traumática.

Desenterro o cadáver de uma donzela
Faço amor à luz da lua cheia
Envolto n’um pentagrama com cruzes e velas
O guarda pegou-me e com um assobio me freia.

Sou condenado a prisão perpétua
Mofo agora entre livros empoeirados
Ouço de um outro preso uma indireta
O adorador de Satã foi finalmente derrotado.