quinta-feira, 30 de abril de 2015

A mágoa da donzela

Acariciarei sua face com gosto
Festejarei sua beleza com júbilo e gozo!
És mais suave que uma ave voando no céu
Confortarei seu coração de neblina, tirando-lhe o véu.

Por estás estás triste, pálida vivente?
Dizes tanto que seu coração está doente...
Queria livrar-lhe do seu passado, seu inferno pessoal
Juro-lhe que meu amor é divino e não carnal.

Por que há tantos cortes em seus braços?
Pare de comparar-se a um trapo!
Não foque-se na morte, mas sim na vida!
Deixe-me enxugar suas lágrimas, curar suas feridas.

Criatura dormente, angelical.
Já não escondes mais o que te fez mal
Um amor não correspondido machucou seu coração
Esqueças disso amor, use a razão.

Já não basta eu entrar em seu destino?
Esqueças o outro e fique comigo!
Não estejas comigo apenas por distração,
Pois aprecio-te mais que uma bela canção.

Queria entrar em seu peito, arrancar essa maldita dor,
Só assim para ter o seu verdadeiro amor
Estejas comigo, ó anjo da noite!
Não vivas mais esse interminável açoite!

Ainda não me amas , pude notar,
Que das minhas carícias, estás sempre a se esquivar
Vamos vencer essa maldição juntos, meu bem,
Esquecer de todo seu passado infeliz também!

Para assim podermos juntos festejar
Com júbilo estaremos eternamente à dançar,
Por cima de toda essa mágoa e depressão
Seremos mais brilhosos que um dia de verão!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Tristeza permanente

Nesse céu nebuloso e turbulento
O pior sempre pode acontecer.
Minha esperança foi-se com o tempo
Criança ingrata, para sempre sofrer!

Vivendo cada dia como um vira-lata
O vagabundo entrou novamente em confusão
Esta vida cheia de desgraça
É um grande pesar sobre o meu coração.

Melancólico menino morto!
É um peso para seus entes queridos
Seria melhor entrar na morte, dar seu último folego
Do que ficar ficar choramingando seus sentimentos perdidos.

Como dói essa tristeza meu Deus!
Que sufoca minh'alma etérea
Talvez esse seja meu último adeus
Dessa vida pesada, cheia de miséria.

Não, não, vou esperar um pouco mais.
Vou pedir para o meu anjo da guarda proteção
Só assim  p'reu ter um pouco de paz
Nesse labirinto onde só há podridão.

O Monstro

Monstro ferido
No peito um espinho
Que o estas a fraquejar.

Em um último suspiro
Acerta com um tiro
Um menino à agonizar.

Aperta de novo o gatilho,
Agora é hora do suicídio
Dentro da área escolar.

Dizem que o real motivo,
É que zombavam de nosso amigo
Tanto que ele não pode aguentar.

Qual será o veredicto?
Quem será o verdadeiro assassino,
Os baderneiros, ou o Monstro à surtar?

Agora que já sabem disso
No velório dos esquecidos
Estão o Monstro e os inimigos à descansar.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

As canetas de Samantha

   Samantha gostava de masturbar-se usando canetas esferográficas. As canetas ficavam todas acumuladas em sua vagina. Na hora do coito os pênis de seus parceiros ficavam todos desenhados com figuras perfeitas de elefantes, coelhos e najas...
   A tinta misturava-se com o líquido de seu sexo com o sêmen  alheio, transformando a tinta produzida em uma mistura fluorescente, brilhosa mais do que as estrelas. Devido ao atrito causado pelo ato sexual, as figuras ficavam permanentemente desenhadas em seus homens, tatuando assim para sempre seu momento de amor.
  Samantha era uma artista e tanto! Mesmo em meio a dor e ao sofrimento devido a um coito recheado de canetas, ela não parava de desenhar com sua vagina esferográfica. O sangue pingava por causa dos machucados internos, mas ela continuava firme e forte na sua maestria.
   Com o passar do tempo, seus desenhos foram ficando cada vez mais realistas e nonsenses, masculinos afeminados e angelicais satânicos. Era incrível como ela conseguia uma proeza dessas!
   Ela denominava o sexo como uma atividade física seguida de fluidos corporais. Na verdade havia amor ali, porém este terminava no orgasmo. Queria ser livre como um pássaro para experimentar seu dom artístico pelos quatro cantos do globo.
   Ó Samantha, menina danada! Continue a espalhar o dom que Deus te deu! Uma arte super valorizada nos meios artísticos e mundanos. Sege esse belo raio de sol para todo o sempre!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mancebo cabisbaixo

Jovem problemático
Sei o quanto foi trágico
Todo o seu destino.

És só mais um frustrado,
Pessimista, fracassado.
Um homem esquisito.

Fez pacto com o Diabo
Agora andas esgotado
Pela tristeza e pelos vícios.

Ó mancebo cabisbaixo
Deixarei um nobre recado:
Para que não continues a ser triste!

Tudo pertence ao passado
Tu não és mais um derrotado
A esperança ainda existe!

Tu não estas condenado.
Pelas estatísticas e pelos cálculos,
É difícil, mas persistes!

Não sofras mais calado
Seu futuro pode ser fantástico!
Pelo caminho que seguistes.