sábado, 19 de setembro de 2015

Vazio



Tédio,
Por favor algum remédio!
Para livrar-me desse mal.

No ópio ou no vinho
Está o caminho,
Para um coração mortal.

Talvez uma orgia,
Para fugir dessa agonia
Hoje em dia é tão normal!

Na taverna está a esperança,
Para buscar o alívio de uma presença santa
Apresento-lhe a maravilhosa embriagues sem freio.

O poeta depressivo e viciado.
Calma senhor! Não cometestes nenhum pecado!
Clamastes à Deus pela paz, em um momento de receio.

Segue apenas suas próprias emoções,
Porém sua consiência é comparada às prisões
Vivestes a vida inteira como um ato de desespero.

sábado, 5 de setembro de 2015

O último fôlego



Vivendo só numa mutidão de seres
Sem um lugar para chamar de lar.
Foi-se o tempo d'um coração festeiro,
Que com a dozela angelical estavas sempre à bailar.

Só em seus braços sentia um alívio divino
Sua graça e seu olhar deixavam-me em transe!
Sentia-me como se eu fosse apenas um menino,
Ao beijar seus lábios com gosto de champanhe.

Agora o que resta é um tuberculoso esperando a morte;
Buscando inspiração na lua, e relembrando os dias belos.
Vós chorando no meu leito de morte, no desespero e na desordem,
Fazes meu coração sofrer com esse horrível flagélo.

Nunca esquecerei de ti, dama da noite!
Desculpe-me por não poder fazê-la feliz...
O que restou-me foi apenas um açoite,
De ver minha amada cabisbaixa, sem sorrir.

Se fosse nos tempos de outrora,
Viveriamos nosso romance por anos!
Minha querida, preciso ir embora,
Pois o anjo da morte já está me esperando.