sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

um lugar



Um lugar sem ansiedade.
Onde o sol brilha sobre os corações dos pecadores,
Fazendo-os voltar para casa tranquilos de seus trabalhos.

Um lugar sem vaidade.
Onde a simplicidade é base das relações familiares
O egocentrismo foi jogado no lixo perto do ego.

Um lugar sem depressão.
Onde os seres humanos riem de seus próprios defeitos
Sem abismo, sem miséria, só paz de espírito.

Um lugar sem raiva.
A compaixão flui inesgotávelmente da multidão
Nesse clima empático vivem tranquilos suas vidas.

Um lugar que sei que existe em algum lugar longinquo,
Perto da morada dos deuses
Onde nenhum ser vive aflito.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

O crack



Ascendi a pedra no cachimbo
Por apenas um instante sinto
Um prazer inexplicavel.

Sou um homem ímpio,
Paranóico e depressivo
Buscando uma sensação agradável.

Entreguei-me ao vício,
Mas nos dentes amarelados um sorriso
De minha sede de viver inesgotável.

Um sobrevivente perdido,
Sinto como se estivesse perdido um ente querido
Dessa vida insaciável.

Consumo o ópio moderno,
Mas o que desejo é apenas a benção do evangelho
Renascer na luz da paz de Cristo.

Ás vezes pareço um incrédulo.
Um grande candidato ao cemitério
Um andarilho perigoso... será que eu existo?

O prazer imediato mostra-se gélido,
Pois o que estou fazendo é auto-flagelo
 Por uma flagulha de esperança eu ainda persisto!

A esperança desse verso
É que meu sonho torne-se concreto
Com júbilo falar que do maldito crack eu finalmente desisto.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Acaso do amor

                                                                                             
Amada minha, amada minha
Esse olhar sensual me faz pirar!
Você é meio maluquinha,
Em sua presença mal posso respirar.

Vamos conversar sobre a vida e as coisas.
Nenhum assunto é tabu para nós.
Gosto de lhe ver suave e solta,
Só quero ouvir de perto a sua voz.

Flor da manhã
Beleza rara
Meu coração sente imenso afã
De ao seu lado começar uma nova caminhada.

Um percurso de amor e felicidade.
É o meu desejo mais sincero.
Você tem a áurea de uma deidade,
E a inspiração para o meu verso.

Amo-lhe tanto que chega até doer.
Quero somente ficar em sua companhia
Com meu coração de poeta a escrever,
As emoções que ocorrem em minha vida.

Ficaremos juntos meu bem!
Para o que der vier, sem arrependimentos
Acariciar sua face de neném,
Enquanto aprecio esse suave vento.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Noite

Eu aqui sentado no chão,
Tenho a noite por complanheira.
Tu velas minh'alma quando estamos em comunhão
Mostra-te suave menina faceira.

Olho o horizonte em aspiral,
Como na pintura  de Van Gogh.
Saberei o esconderijo do santo graal,
Antes que minha espitualidade se esgote.

Um cigarro nos dedos tremulos
Uma taça de vinho na outra mão.
Só tem uma coisa que não entendo,
Como tornar realidade minha ilusão?

Ilusão doce e poética,
Aos pés de uma vigem, morrer de amor.
Para ganhar seu doce sorriso, crio estratégias
Só tu que podes acabar com a minha dor.

Reparo nas estrelas, tão brilhantes quanto o seu olhar.
A lua cheia ao longe cobre-me com sua áurea
Ó virgem, estás tentada à chorar...
E desabar a lamentar sua vida bizarra.

Somos parecidos anjo do céu!
Coloco uma sinfonia para nos entreter
Estás nua, pois tiraram-lhe o véu
De uma garota frágil que só pensa em morrer.

Nada disso importa agora!
Não mais nesse momento!
Abraço-te intensamente enquanto tu deploras,
Seu coração de paz por um instante fica sedento.

O mundo fica mudo,
O coração se aquieta.
Já não há mais o escuro,
Um grilhão de esperança é o que nos resta.