segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Virgem dos sonhos

A natureza começou seu espetáculo,
Entre as águas caindo e o cantar dos pássaros
Nesse meio tempo, um arco-íris surge no horizonte
Levando minhas aflições para um longínquo distante.

As folhas das árvores, balançam com o soprar do vento
Dissolvendo em alegria todo o meu lamento.
Um cantar de um canário, chama-me à atenção
Aquece minh'alma, como uma oração.

Queria estar junto à ti, virgem dos meus sonhos.
Morrer de amor em seus braços é o que proponho
Contemplar com todo o meu ser seu sorriso inocente
Morrer de gozo ao fitá-la longamente.

Rosa da manhã, perfume este momento
Leve embora toda a dor, angustia e tormento.
A briza suave faz meu coração repousar,
Ao lado da dama que eu teimo em sonhar.


sábado, 17 de janeiro de 2015

Anjo caído

Anjo caído
Já tens resolvido
Sua dívida eterna?

Eras grande e majestoso
Como meteste neste enrosco,
Do céu direto para o fundo da Terra?

Dos cânticos eras encarregado
Agora és só um pobre coitado,
Que do fogo su'alma se apodera.

Traíste Deus n'uma emboscada,
Mas fostes tu que caístes na cilada
Sacrificando sua áurea etérea.

Mensageiro da luz
Quis impor-se sobre a cruz,
E até mesmo acabar com ela.

Esperas quieto a oportunidade
De desafia-la para um combate
Para ver quem vence essa guerra.

Esperas sair vitorioso
Para expressar sua face de gozo
Vendo todos adorarem, sua imagem tão bela...

Cachorro sonolento

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Velhos pensamentos

Sinto sono, mas não consigo dormir.
Sinto-me culpado de alguma coisa,
Que não consigo definir
Como se Deus dissesse: "Vá e sofra!"

O que eu quero, quem saberá?
A aura negra apareceu de novo
Para eternamente atormentar
Este coração de tolo.

Queria fechar os olhos, e sonhar com os anjos!
Porém a realidade continua a assolar-me
Rasgando-me por dentro, mergulhado em pranto
Nesta miserável existência, que continua alongando-se.

Acabar com minha vida, de novo esse pensamento?
Sair desse maldito universo
Acabar com meu destino, livrar-me desse tormento
Jaz um corpo sem vida, na mesa do necrotério.

Quando fecho os olhos, imagino a paz.
Que talvez só seja possível enterrado na terra.
Poder ver deslumbrado, Jesus ou Satanás
Que por minha pobre alma, vivem em guerra.

O jeito é tentar encontrar o paraíso no meio do inferno.
Ter força de vontade, fé e otimismo
Poder escolher entre o pecado ou o evangelho,
Entre a humildade e o narcisismo.