domingo, 31 de janeiro de 2016

Buddhas

O Buddha Sakyamuni sorri compassiso
Mergulho-me intensamente  neste sorriso
E meu coração encontra a paz.

Tara fala ao pé do meu ouvido:
"Tendes compaixão meu filho"
Focar-me na vacuidade sei que serei capaz.

Avalokiteshvara mostra a pureza de um menino
Corro depressa para buscar refúgio em seu auxílio
O impiedoso Mara na minha mente fica para traz.

O Buddha da medicina está agora comigo
Já não existe a doença e meu peito não corre perigo
Em sua presença minha mente eternamente jaz.

O Buddha Amitaba mostra toda sua luz
No caminho do bodhisattva assim como Jesus
Tento alivar o sofrimento dos seres sensientes.

Das deidades iradas, karma positivo se produz
Na prática espiritual os seres estão todos nus
Nas cores do arco-iris surge uma incrível luz reluzente.

Chagdud Tulku Rinponche sempre me conduz
Á prática mais pura extinguindo a minha "cruz"
Permaneço contemplando o momento presente.

Sua Santidade, o Dalai Lama, está sem capuz
Orando por demônios ou deuses que quando morrem soltam pus
Com seu sorriso maravilhoso, regozija-se quando um ser está contente.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Coração depressivo



Estou enjoado de tudo!
Parece que o mundo
Não tem nada mais para me oferecer.

Melhor seria se eu virasse um defunto,
Mas é melhor mudarmos de assunto
O tédio sufoca minh'alma e dilacera o meu ser.

Sou cego, mudo e surdo
Um ser preguiçoso e vagabundo
Na verdade não queria mais viver.

Vejo apenas vultos
Fantasmas do meu passado imundo
Que desejo até morrer.

Meu coração permanece insaciável
Melancólico, doente e frágil
Não sabe aproveitar as belezas da vida.

Estou num estado lamentável
Confusão na minha vida lastimável
Continuo a lamentar a minha sina.

Poço de merda escretável
Maldita depressão miserável
Minhas veias veias permancem depressivas.

Busco a liberdade inalcansável
Sou um caso totalmente irrecuperável
Acabarei acometido por um ato suicida.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Filho da depressão

Na infância não recebi a extrema unção
Tudo o que virei foi um poço de depressão
Lá estava eu com meus problemas.

Ninguém deu muita atenção
Diziam que era coisa da imaginação
Imaginem agora todo o meu dilema.

Poucos seguraram a minha mão
Na busca por uma solução
Soltei melancólicos poemas.

Minha vida era uma podridão
Jogado na sargeta, deitado no chão
Sentimento que invade deprimidos a centenas.

Solidão e amargor,
Ansiedade e temor
Humor totalmente desestruturado.

Como era forte a minha dor
Da vida tinha rancor
Meus sentimentos estavam todos enterrados.

Soube que só o amor
Dissoveria todo temor
De viver desajustado.

Encontrei um alívio estantâneo e curador
Dei fuga de todo horror
No tempo, não estou mais paralisado.

Naureza purificadora



As flores de cerejeira caindo sobre o chão
Um beija-flor batendo suas asas num espetáculo reluzente
Contemplo o momento com uma oração
Como é belo poder apreciar o presente.

Quero falar sobre a beleza dos girassóis
Das cachoeiras magnificas e suas águas purificadoras
Minha felicidade foi fisgada utilizando-se anzóis
A vida tem sido uma excelênte professora.

Um coleiro mostrando seu canto fazes minh'alma suspirar
Abelhas voando em direção a uma violeta para pegar seu néctar
Um baseado para purificar-me nas bençãos de Jah
Estou longe de ser um individuo igual ao Poema em Linha Reta.

As montanhas mostram sua superioridade como se fossem deuses
O rouxinol canta seu canto lírico longínquo no hozizonte
O brilho de uma infância incrível minh'alma teve
Mostra-se suave perdida e distante.

As águas cristalinas de um pequeno riacho
O doce mel de uma colméia sacia meu ser
Meu coração eternamente irá contempla-los
Tenho uma sede insaciável de viver.

A luz do dia trazendo um brilho de uma inesgotável paz
Seus raios iluminam o infinito
Dessa espiritualidade meu coração corre atrás
De um reino tão perto e ao mesmo tempo tão longínquo.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Inferno



Labebaredas de fogo
Gritos de socorro
Em meio a imensa escuridão.

Estou no meio desse povo
Por que torturaste-me de novo?
Nesse vies de podridão.

Um demônio olha-me furioso
Olhos extremamentes tensos e toscos
Fazendo comigo uma bizarra comunhão.

Não é reluzente o que é fosco
Minha vida foi um caminho desvirtuoso
Segui o Diabo e segurei a sua mão.

Agora estou aqui na perdição eterna
Onde o meu viver é uma gélida
Composição de black metal.

 Devia ter escolhido uma vida singela
Um demônio caminhando os passos acelera
Para cravar sua foice em meu peito frágil.

Sentindo a dor de ter fugido da capela
Permaneço num mundo escuro, na mais alta treva
Que anoitece em seu universo miserável.

Agora que já sabem da minha miséria
Não deixes acontecer-te a mesma tragédia
Deixes teu coração em um estado aceitável.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Lembranças



Uma névoa oculta,
Ou uma chama muito viva
Muitas vezes até assusta,
Outras vezes mostra-se uma bela pintura contemplativa.

A esperança de gozar de suas delícia novamente
Vislumbrar a própria Afrodite encantadora,
Ou vislumbrar a temida serpente
Cheia de espínhos pôr sua coroa.

Fantasmas que querem me agarrar
Por que falhastes nesse exato momento?
De tristezas vou choramingar
Perpetuar o meu horrível tormento.

Aquela é cor-de-rosa e cheia de arco-iris
De júbilo e de glória fazes-me deleitar
Na Sala das Duas Verdades sendo aprovado por Osíris
Com o coração puro poder no Reino dos Mortos entrar.

Tudo é apenas uma forma de sua própria mente-intelecto
Na realidade tudo é vacuidade
Seje enfrentando os piores dos ventos,
Ou reconstando-se num ser de luz que mostra-te a santidade.

Pode ser vaga, de difícil visualização
Ser de um momento muito longínquo
Difícil de descrever com exatidão
O pensamento remoto que quando reflito sinto.

Tem as que são de um passado recente
Da chamada memória do dia-a-dia
Serve para vislubrar a minha mente
Para saber se minha vida está sendo produtiva.

Nos braços de uma lembrança estou a maior parte do meu tempo
Envolvido por nuvens de fumaça avassalaroras
Sendo boa ou má com ela eu aprendo
A investigar por dentro para ser uma melhor pessoa.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Vida



O marinheiro viajando em águas misteriosas
O aventureiro errante desbravando a mata
O soldado lutando em uma guerra perigosa
O pastor em jejum e oração recebendo sua graça.

Desbravarei o infinito nesta incrível natureza
O céu alaranjado mostra-se magnífico
Um ladrão batendo carteira cheio de detreza,
Mostra-se mais sagaz que o desprezável homem rico.

O terrível pirata viajando em alto mar
Um bombeiro entrando nas chamas para salvar uma vida
O noivo mostrando as alianças no altar,
Ou o pulo do precipício d'um suicida.

As emoções de um pai ao ver nascer seu filho
O grito de júbilo de um apostador ao ganhar a aposta
Um velhinho jogando dominó no asilo
A crise existêncial de um adolescênte buscando respostas.

O extremista que queima a bandeira dos Estados Unidos
Apedrejando adulteras em nome de Alá
O médico que examina calmamente o meu ouvido
Quem bate na porta? É apenas um testemunha de Jeová.

O céu chuvoso faz brotar a vida!
Do eletrecista que ao encostar num fio desencapado, leva um choque
Um jovem punk tomando um pico de heroína
Em meio a vegetação de um abandonado bosque.

Beijo seus lábios e batemos dente com dente
Um homem embriado cantando uma triste canção
O advogado protegendo o corrupto cliente
O sol batendo em minha face conforta o meu coração

O pintor pintando um retrato de uma donzela reluzente
O poeta escrevendo suas melancolias em seus versos
Um paciente com câncer agonizando muito doente
O pedreiro trabalhando com a massa de concreto.

Um pardal voando alto rasga o céu,
Para ser decaptado pela linha de pipa com cerol
A muçulmana devota coberta pelo véu
O pescador cortando seu dedo com o anzol.

Tantas coisas para fazer-se na vida que até me dá sono,
Porém entrarei em seus mistérios sem medo
Como um exorcista expusando um demônio
Sem restrições, sem aversão e sem receio.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Cultuando Satã

Tu recebestes o chamado de Satã
Agora tens um doloroso afã
Para nas trevas libertares su'alma.

Invocas o temido Leviatã
Para que tua magia não seja vã
Preenche de glória sua majesosa áurea.

Do inferno eres guardiã
Uma serva pequena, talvez uma anã
Que ingressou nesta maravilhosa jornada.

Continuas com a mente sã
Vendo a magia negra mostrar-te louçã
Com um pentagrama e uma varinha busca sua morada.

Satã, onde estás? Tu precisastes satisfazer teus desejos carnais
Conjuras Belzebu e por um instante vê a negra paz,
Onde seus pecados são finalmente saciados.

Deitada nua num pentagrama invertido seu corpo jaz
No caminho da mão esquerda mostra-te audaz
Praticas sua magia onde dormem os finados.

Sei muito bem que tu és capaz.
Buscar o caminho de Cristo? Nunca, jamais,
Pois o Anjo Caído mostrar-se-ia revoltado.

No caminho das trevas é que tu te satisfaz
Invocando demônios é o que tornas-te sagaz
Cultuando sua própria carne, seu ego torna-se inflado.

Contemplando a naureza

O lótus reluzente floresce em meio a lama
A sinfônia dos deuses mostra-se um espetáculo
Meu coração está fissurado por uma dama
Já não existe mais escuridão e nenhum pecado.

Morreria por vossa senhoria, donzela mística
O amor puro que só tenho por você
Um anjo que apareceu em minha vida,
Onde nunca mais por idiotices irei sofrer.

Na floresta fria e escura
Minh'alma cansou de percorrer
Minha espiritualidade agora é pura
Lutar por um estado de paz é o meu dever.

Um sabiá canta longinquo,
Uma música relaxante e suave
Nesse instante agora sinto
A paz reluzente de minha deidade.

As folhas do outono espalham-se pela grama
Secas, mas vistosas como num dia frio
 Observo-as deitado na cama
Toda explandescência de seu brio.

Senhorita, dá-me um beijo de amor?
Faz pulsar minhas veias errantes
Sinta a brisa suave e o frescor
Desse momento mágico e marcante.

Desse clima espiritual minh'alma sente afã
De podermos apreciarmos isso juntos
Esse clima compassivo e louçã
Até o dia em que viraremos dois defuntos.